Qual o impacto do lixo no meio ambiente? Antes mesmo de respondera a esta pergunta, outra questão surge: você sabia que cerca de 40% do lixo urbano é composto por papel? Para diminuir o impacto deste tipo de material no meio ambiente a solução é a reciclagem. Feita de forma industrial, ela recupera, atualmente, 30% do papel que é descartado no país, trazendo benefícios importantíssimos para o meio ambiente.
Estima-se que cada tonelada de papel reciclado poupe 60 eucaliptos adultos, 2,5 barris de petróleo e 2.500 kw/h de energia elétrica. No processo de reciclagem deste volume de papel se utiliza 50% da água necessária para a fabricação normal e, como consequência direta, deixam de ser enviados para aterros sanitários e lixões cerca de três metros cúbicos de resíduos. A reciclagem do papel também gera menos poluição da água (65%) e do ar (26%) do que a produção tradicional.
Diante destes benefícios, a Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (SEEDUC) decidiu fazer a sua parte e optou pelo uso de papel reciclado em suas dependências. E a decisão é retroativa, já que ficou acertado que as resmas de papel já entregues serão trocadas pelo papel reciclado Fênix Paper, que possui o Selo Azul – certificação concedida pelo Governo do Estado do Paraná. O valor do papel reciclado é o mesmo do tradicional e a SEEDUC comprou quantidade suficiente para um ano – cerca de 20 mil resmas.
A Secretaria de Educação está fazendo a parte dela e as escolas da rede estadual também. De colégios de todo o estado vêm exemplos de projetos de reciclagem de materiais que, assim como o papel, quando descartados passam a representar riscos para o meio ambiente. Confira alguns destes exemplos e inspire-se a fazer da reciclagem uma prática em sua cidade, em seu bairro, em sua escola e até mesmo em sua casa!
Colégio Estadual Professor Murilo Braga
“Desde 2005 desenvolvemos projetos de educação ambiental. Uma coisa vai puxando a outra e hoje são vários os projetos que tocamos aqui”, conta Maria Angélica Sodré Magalhães Novaes, diretora-geral do Colégio Estadual Professor Murilo Braga, em São João de Meriti. Dentre os projetos, está o de reutilização de garrafas pets. Com estas embalagens foi construído o palco da escola e uma poltrona que foi dada à Secretária de Estado de Educação, Tereza Porto. O próximo projeto utilizando esta matéria-prima é o da construção de uma casa.
Colégio Estadual Mario Moura Brasil do Amaral
No Colégio Estadual Mario Moura Brasil do Amaral (Cembra), em Paraty, a temática ambiental deu origem ao Circulação – Circuito Cembra de Apoio à Leitura e ao Consumo Consciente. “Desenvolvemos ações interdisciplinares que não ficaram restritas à escola”, comenta Mirian Espósito, coordenadora de projetos pedagógicos. São desenvolvidas ações que têm em comum o tema: a responsabilidade de cada um na produção, no consumo e no descarte. Entre estas ações estão oficinas e aulas conjuntas, com professores de diferentes disciplinas.
Colégio Estadual Joaquim de Macedo
Proporcionar aos alunos a oportunidade de se sentirem parte integrante do meio ambiente, contribuindo assim para melhoria na qualidade de vida do planeta. Este é um dos objetivos do Reciclar é um Barato, projeto desenvolvido no Colégio Estadual Joaquim de Macedo, em Barra do Piraí. Em pouco mais de um ano os alunos já participaram de oficinas como a de criação de brinquedos e fizeram buscas na internet e pesquisas de campo e participaram de videoconferências. Sempre tendo como pano de fundo os problemas ambientais.
Colégio Estadual Antônio Houaiss
No Colégio Estadual Antônio Houaiss, no Méier, a coleta seletiva de lixo faz parte do dia a dia. Os professores Anderson Ignácio Oliveira e Ambrosina Conceição levaram para a unidade tudo o que aprenderam no curso Agenda 21 Escolar – Formando Elos de Cidadania. “Com a coleta seletiva, também ajudamos as pessoas que sobrevivem da venda do lixo reciclável”, destaca Ambrosina. Este ano, a unidade deve implantar também o projeto de Monitor Ambiental, em que o aluno vai se tornar agente multiplicador do conhecimento.
Centro Interescolar Miécimo da Silva
Onde está o Óleo? Este é o nome do projeto desenvolvido no Centro Interescolar Miécimo da Silva, em Campo Grande, que visa a captação de óleo de cozinha para reciclagem. Argumentos não faltam para a iniciativa: apenas um litro de óleo de soja usado, despejado no mar, rio ou qualquer outra porção de água, polui um milhão de litros desse líquido vital para nossa sobrevivência. Para cuidar do futuro, os alunos do colégio agem para conscientizar a todos de que o óleo usado não deve ter como destino a pia.
CIEP Brizolão 113 – Waldick Pereira
No CIEP Waldick Pereira a preocupação com o meio ambiente e a valorização das culturas africana e indígena estão lado a lado. O projeto de reciclagem da escola utiliza materiais recicláveis como garrafas de vidro, coador de papel usado e sobras de papel na criação de peças decorativas. Além de produzirem as peças, os alunos aprendem a reconhecer os elementos histórico-culturais africanos presentes na cultura brasileira e a desenvolver consciência e a responsabilidade ecológica.
Com tantos exemplos, que tal pensar em projetos bacanas na sua escola também? Não fique de fora dessa!
Fonte:Conexão Professor
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